O presidente do Egito, Hosni Mubarak, anunciou nesta sexta-feira (28) que formaria ainda neste sábado (29) um novo gabinete de ministros, após ter demitidos todos eles, incluindo o primeiro-ministro egípcio, Ahmad Fuad Mohieddin, ontem. A medida é uma tentativa de encerrar a crise em que o país se encontra desde terça-feira (25), quando manifestantes e policiais entraram em choque, em confrontos que se tornam cada vez mais violentos.
Mubarak, como presidente, é o chefe de Estado do Egito, enquanto Mohieddin é o chefe de governo. O primeiro-ministro e o gabinete de ministros são indicados pelo presidente, que pode desfazer o gabinete e convocar novos membros.
Os protestos, que se espalham pelo país, têm o objetivo de forçar a saída de Mubarak - no poder desde 1981.
O governo decretou toque de recolher no país ontem e colocou o Exército nas ruas da capital, Cairo, para garantir a ordem nas ruas. O toque já foi ampliado hoje, e agora vai das 16h (11h em Brasília) às 8h (3h em Brasília). As Forças Armadas já pediram à população egípcia que evite participar de manifestações públicas e respeite o toque de recolher.
Em um comunicado, o ministério argumenta que o pedido se justifica pelas “ações de sabotagem e violência” que estão sendo registradas nas últimas horas no país, e adverte que os infratores “enfrentarão sanções judiciais”.
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