Família é investigada também por violência cometida durante governo; Mubarak teria sofrido ataque cardíaco durante interrogatório.
CAIRO - O Ministério Público do Egito ordenou a detenção por 15 dias do ex-presidente Hosni Mubarak e de seus dois filhos, Alaa e Gamal, em meio a investigações sobre corrupção e violações dos direitos humanos por parte de seu governo, entre 1981 e 2011.Mubarak, de 82 anos, está hospitalizado desde a noite de terça-feira, 12, após ter sofrido problemas cardíacos durante um interrogatório, segundo a imprensa local.
Ele deixou o poder no dia 11 de fevereiro após um levante de 18 dias contra seu governo. O país vem sendo comandado por um conselho militar desde então.
Dezenas de milhares de manifestantes vêm realizando protestos semanais na Praça Tahrir pedindo que o ex-presidente seja levado à Justiça.
Bens congelados
Mubarak, sua esposa e seus filhos estão proibidos de deixar o Egito e os bens da família foram congelados, como parte das investigações.
A morte de centenas de manifestantes durante os protestos que levaram à sua saída da presidência também está sendo investigada.
Segundo a TV estatal egípcia, funcionários do hospital disseram que o ex-presidente vinha se recusando a comer e a beber desde o início do interrogatório, no domingo, 10.
Em uma mensagem gravada no mesmo dia, Mubarak quebrou o silêncio de quase dois meses dizendo que sua reputação e a de seus filhos havia sido prejudicada e que ele lutaria para limpar o nome da família.
Desde que deixou o poder, o ex-presidente passou a viver em Sharm El-Sheikh e vinha adotando uma postura discreta, evitando declarações em público sobre a situação atual do país.
Gamal, o filho mais jovem de Mubarak, chegou a ser visto como um possível sucessor de seu pai na Presidência do Egito. Ele fez carreira trabalhando em bancos e fundos de investimento e ocupava uma alta posição no partido do pai.
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