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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Terrorismo

"Uma doença social percorre a Terra, contaminando as nações com a pestilência da morte. O terror colhe sua safra sinistra em todas as partes do planeta."

Este o início de um dos muitos editoriais de jornais publicados nos últimos tempos sobre o terrorismo no mundo. As nações assistem perplexas ao aumento quase inacreditável desse tipo de violência que com carros-bombas, cartas-bombas e até homens-bombas, dilacera cidadãos e abala governos, em nome de causas religiosas, políticas, econômicas, sociais, étnicas…

O jornalista Luis Carlos Lisboa resumiu desta forma (muito apropriadamente) a sua visão do fenômeno: "Entre os horrores de um final de século apocalíptico, que incluem a corrupção moral generalizada e a indiferença diante da pobreza absoluta, surge da sombra o terrorismo para mostrar ao mundo o lado mais cruel do homem."

O terrorismo é um fenômeno típico do século XX. Crimes e guerras sempre existiram na história conhecida da humanidade, mas os atos terroristas, que em violência podem ser situados entre esses dois, é uma característica do nosso século.

É verdade que em séculos passados houve atentados contra autoridades e órgãos públicos, mas estes quase sempre resultaram da ação deliberada de uma pessoa ou no máximo de um grupo formando um complô, montado exclusivamente com aquele objetivo e que após consumado o atentado se dissolvia.

O terrorismo é diferente. Trata-se de grupos organizados que agem sob uma bandeira qualquer, sempre com o objetivo de destruir. Todos os membros desses grupos estão absolutamente convencidos da nobreza de suas causas e da justeza de suas ações. Na correta análise do jornalista francês Gilles Lapouge, "esses assassinos cegos consideram-se santos, heróis, pessoas sacrificadas, que hoje provocam a desgraça com o objetivo de preparar a felicidade do amanhã."

O termo "terrorismo" apareceu pela primeira vez em 1798, no Suplemento do Dicionário da Academia Francesa. Referia-se ao regime de terror em que a França mergulhou entre setembro de 1793 e julho de 1794. Alguns historiadores denominam também de terrorismo a onda anarquista que grassou na Europa em fins do século XIX.

Os primeiros atos terroristas com as características que hoje conhecemos apareceram em 1912, quando um grupo de macedônios, hostis à Turquia, começou a colocar bombas nos trens internacionais. Por essa época, no início do século, os dicionários ainda traziam uma singela explicação para o termo terrorista: "Pessoa que espalha boatos assustadores; que prediz catástrofes ou acontecimentos funestos; pessimista."

Como veremos mais à frente, daquela época até os nossos dias, o número de organizações terroristas e suas ações aumentaram em progressão geométrica, a tal ponto, que hoje é raro passar uma semana ou mesmo alguns dias sem o registro de uma ação terrorista de porte em alguma parte do mundo. Em 1970 foram registrados 300 atentados terroristas no mundo, em 1975 foram 349 e em 1980 foram 500 atentados.

http://www.library.com.br/Filosofia/terroris.htm

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