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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Terrorismo

Sem entrar em uma discussão acadêmica, podemos dizer que o terrorismo é a utilização sistemática da violência imprevisível, contra regimes políticos, povos ou pessoas.
No século XX, o terrorismo foi visto e aprendido por nós como a atitude violenta de grupos com ideologia definida, com um objetivo político traçado, que muitas vezes envolveram questões religiosas ou étnicas.
Do ponto de vista político, organizações de "direita" ou de "esquerda" se utilizaram do terror como prática, no intuito de derrubar governos e chegarem ao poder, e de uma forma geral, assumiram seus atentados como forma de propagar seus ideais. Do ponto de vista religioso, nas últimas décadas se avolumaram atentados de grupos políticos muçulmanos, mas também de grupos políticos cristãos, como o IRA, na Irlanda. No caso da luta étnica destacou-se principalmente o ETA, na Espanha, ou a Ku Klux Klan nos EUA (desde o final do século XIX)
No entanto, apesar de todos terem se utilizado da violência, as motivações são diferentes e devem ser analisadas historicamente de forma individual, a partir de suas características, para podermos compreender os elementos que as engendraram.
A partir de uma visão massificada, considera-se que os árabes estão sempre propensos ao terrorismo. De fato, nas últimas décadas proliferaram os grupos político-religiosos que, no Oriente Médio, adotaram a pratica terrorista como meio de luta. A região é vista como um barril de pólvora, mas qual a razão? É o fato de ser muçulmano ou árabe que determina essa situação?
Na verdade a idéia do "barril de pólvora" aparece após a 1° Guerra Mundial, quando os territórios do Oriente Médio, até então parte do Império Turco, foram colocados sob a "proteção" da Liga das Nações, representando na prática, a dominação inglesa e francesa. A Mesopotâmia, a Palestina e a Jordânia ficaram submetidas à jurisdição inglesa enquanto Síria e Líbano, à jurisdição francesa. Dando continuidade às práticas anteriores a guerra, grandes empresas estrangeiras se instalaram nesses países, interessadas principalmente no petróleo, exerceram forte dominação econômica e política na região, muitas vezes com a colaboração das elites locais, beneficiadas com o ingresso de novos capitais.
Nesse período a Inglaterra já apoiava oficialmente o movimento sionista de colonização de terras na Palestina, sustentado por vários fundos internacionais, destacando-se o Barão de Rottschild, grande banqueiro inglês, de origem judaica.

http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=354

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