Distribuição de renda melhora a democracia, diz antropóloga
Segundo Moema Miranda, a desigualdade social e a concentração de renda dificultam a partcipação de toda a sociedade nas decisões do país
A antropóloga defendeu a paticipação de toda a população nas principais discussões do planeta
Rio de Janeiro – As desigualdades socioeconômicas no Brasil, além da concentração de renda e de poder, são os principais entraves para a prática da democracia. A avaliação é da antropóloga Moema Miranda, diretora do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e uma das coordenadoras do seminário Incluindo os Excluídos na Política Global, que começou hoje (13), na capital fluminense.
"Democracia não implica em não conflito. As divergências continuam a acontecer. O desafio é fazer a gestão dos conflitos sem violência. A nossa questão é construir organismos de articulação que façam com que as divergências não terminem em conflito ou em guerra", afirmou.
Durante o seminário, serão apresentados dez estudos de caso sobre ações tomadas em nível local que extrapolaram para o plano internacional. Entre elas, está a da líder comunitária da África do Sul Rose Molokoane, que começou com projeto de construção de casas populares no bairro e hoje discute o direito à moradia em fóruns internacionais.
"A democracia não vem numa bandeja de prata. Tem que se lutar por ela. Precisamos entender que a democracia tem que ser construída com os pobres e não para os pobres", afirmou.
O egípcio Ahmed Naguib, que participou do movimento contra o governo do ex-presidente de seu país Hosni Mubarak também deve falar sobre o engajamento da população pela saída do ditador. Durante palestra rápida, Naguib defendeu a participação política apartidária de jovens e o poder de influência da mídia.
Os professores universitários João Pacheco de Oliveira e Andrey Cordeiro farão, no evento, uma reflexão sobre os problemas fundiários enfrentados por povos indígenas, que têm acionado com frequência organismos internacionais para pressionar o governo. O último caso ocorreu com a Usina Hidrelétrica Belo Monte (PA), questionada na Organização do Estados Americanos (OEA).
Para a antropóloga, oferecer melhores condições de vida e de renda para a população é condição básica para que as pessoas possam discutir, nas esferas políticas, melhorias em suas vidas e contribuir para o funcionamento da sociedade. O evento é organizado pelo programa internacional Building Global Democracy (BDG), que estimula o engajamento dos cidadãos na vida política.
Em entrevista à imprensa, Moema Miranda criticou a falta de fóruns adequados para subsidiar a discussão e a participação de povos de todo mundo nas decisões de questões globais, como os fenômenos climáticos e as crises econômicas. Pensar estratégias democráticas para assegurar a representatividade de todos é o objetivo do evento, que termina na sexta-feira (15)."Democracia não implica em não conflito. As divergências continuam a acontecer. O desafio é fazer a gestão dos conflitos sem violência. A nossa questão é construir organismos de articulação que façam com que as divergências não terminem em conflito ou em guerra", afirmou.
Durante o seminário, serão apresentados dez estudos de caso sobre ações tomadas em nível local que extrapolaram para o plano internacional. Entre elas, está a da líder comunitária da África do Sul Rose Molokoane, que começou com projeto de construção de casas populares no bairro e hoje discute o direito à moradia em fóruns internacionais.
"A democracia não vem numa bandeja de prata. Tem que se lutar por ela. Precisamos entender que a democracia tem que ser construída com os pobres e não para os pobres", afirmou.
O egípcio Ahmed Naguib, que participou do movimento contra o governo do ex-presidente de seu país Hosni Mubarak também deve falar sobre o engajamento da população pela saída do ditador. Durante palestra rápida, Naguib defendeu a participação política apartidária de jovens e o poder de influência da mídia.
Os professores universitários João Pacheco de Oliveira e Andrey Cordeiro farão, no evento, uma reflexão sobre os problemas fundiários enfrentados por povos indígenas, que têm acionado com frequência organismos internacionais para pressionar o governo. O último caso ocorreu com a Usina Hidrelétrica Belo Monte (PA), questionada na Organização do Estados Americanos (OEA).
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