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quarta-feira, 16 de março de 2011

Situação do Egito será solucionada pelos egípcios dizem EUA

No dia em que o Egito viveu o dia mais tenso desde o início dos protestos contra o presidente Mubarak, somando ao menos 5 mortes, 800 feridos e ataques à sede do partido governista, o Porta-Voz da Casa Branca, Robert Gibbs, defendeu que a crise social por que passa o país é algo que só poderá ser solucionado pelos próprios Egípcios. "Chegou a para que passos claros, rápidos e legítimos sejam dados em direção a reformas concretas (no Egito)", acrescentou Gibbs.
Nesta sexta-feira, o protesto tomou novas dimensões. Já nas primeiras horas, os egípcios receberam a notícia de que o governo suspendia temporariamente a internet, com o objetivo de prejudicar, principalmente, a mobilização dos manifestantes. Até agora, a rede mundial de computadores vinha sendo a principal forma de mobilização das massas no país.
Depois disso, os protestos tomaram corpo. Dezenas de milhares de egípcios saíram às ruas das principais cidades do país, dando novo vulto à onda de revolta. Confrontos foram registrados entre os manifestantes - cada vez mais numerosos - e a polícia - que não conseguia conter as manifestações. Em resposta às massas, o presidente Hosni Mubarak anunciou um toque de recolher na capital Cairo e nas cidades de Alexandria e Suez, que depois chegou a ser temporariamente estendido para toda a nação.

Em meio a um cenário incerto, a crise repercutiu no mundo ocidental com o cancelamento de voos internacionais destinados ao Cairo e com a queda das bolsas europeias no fechamento da semana. No entanto, à semelhança da influência tunisiana, os egípcios inspiraram outros vizinhos islâmicos: cidadãos do Iêmen saíram ontem às ruas para protestas contra o governo, gesto repetido hoje na Jordânia.





Julia Assis.

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