Os resultados foram tirados de amostras de solo tiradas uma semana antes, segundo a Tokyo Electric Power Co (Tepco).
A empresa afirmou que, nos níveis encontrados, o material radioativo não oferece risco à saúde humana.
Um porta-voz disse que a taxa de plutônio encontrada nesses locais era equivalente à detectada no Japão após os testes atômicos realizados em países vizinhos como, por exemplo, a Coreia do Norte.
"As mostras colocaram em evidência a presença de plutônio 238, 239 e 240", precisou e "a concentração fraca não representa nenhum perigo para a saúde", acrescentou.
ais cedo, a Tepco havia informado que foi detectada água com alto índice de radioatividade no exterior do edifício que abriga o reator 2 e sua turbina na central nuclear.
"Detectamos água acumulada em poços de um duto subterrâneo que desemboca no exterior do edifício, com um nível de radioatividade superior a 1.000 milisieverts por hora", declarou um porta-voz da empresa.
Os poços ficam a 60 metros do Oceano Pacífico, e a água contaminada pode ter seguido até a margem.
A empresa também detectou água contaminada no exterior dos edifícios dos reatores 1 e 3, mas com níveis de radioatividade muito inferiores.
Incêndios, explosões e vazamentos radioativos repetidos forçaram os engenheiros a suspender os esforços para estabilizar a usina, incluindo no domingo, quando os níveis de radiação chegaram a 100 mil vezes acima do normal na água dentro do reator 2.
Um derretimento parcial de hastes de combustível dentro do recipiente do reator foi responsável pelos altos níveis de radiação naquele reator, embora o Secretário-Geral de Gabinete Yukio Edano tenha dito que a radiação foi em grande parte contida no prédio do reator.
Segundo a agência Kyodo, diante da inquietação para controlar os reatores, a Tepco apelou às empresas francesas por ajuda.
O grupo ambientalista Greenpeace afirmou que seus especialistas confirmaram níveis de radiação de até 10 microsieverts por hora em um vilarejo 40 km a noroeste da usina, e pediu a ampliação da zona de exclusão de 20 km.
"Claro que não é seguro permanecer em Iitate, especialmente crianças e grávidas, quando isso significa receber a dose anual máxima de radiação em alguns dias", disse o Greenpeace em um comunicado, referindo-se ao vilarejo onde foi feita a medição.
Mais de 70 mil pessoas foram retiradas de uma área de 20 km da usina e outras 130 mil dentro de uma zona que se estende por mais 10 km foram aconselhadas a permanecer dentro de casa. Também foram incentivadas a sair do local.
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