Aos 17 anos de idade, Georgia Davis é conhecida como a adolescente mais gorda da Grã-Bretanha, ultrapassando a marca dos 250 quilos.
Cerca de dois anos atrás, ela foi notícia porque conseguiu perder quase metade de seu peso em um programa de emagrecimento nos Estados Unidos.
Quando chegou à Wellspring Academies, na Carolina do Norte, em 2008, ela tinha 15 anos e pesava 210 quilos. Quando saiu de lá, nove meses depois, ela havia perdido 89 quilos.
Mas de volta à sua cidade natal, Aberdare, no País de Gales, ela recuperou todo o peso e ganhou ainda mais, voltando a aparecer nos jornais, desta vez por bater recordes de obesidade.
'Vício'
Em entrevista à BBC, Davis disse ser 'viciada em comida' e atribuiu o fracasso em continuar emagrecendo ao fato de que ela foi colocada de volta no 'ambiente negativo' de sua casa, onde ela tem que enfrentar vários problemas e lembranças difíceis.
Muitos culparam sua mãe pelo deslize, já que a adolescente foi recebida com um prato de peixe empanado com batatas fritas quando voltou dos Estados Unidos.
Mas o porta-voz da ONG britânica National Obesity Forum, Tam Fry, acha que a própria Georgia deveria se preocupar com seu futuro.
'Ela foi um pouco negligente, porque aos 16 ou 17 anos já deveria ser capaz de preparar sua comida e de se esforçar para se exercitar. Em vez disso, ela se desconcentrou e voltou para seus velhos hábitos. É uma pena', afirma ele.
Especialistas dizem que se continuar nesse ritmo Georgia não vai chegar aos 21 anos de idade, já que seu coração, suas articulações e seu sistema circulatório estão sob enorme pressão.
Dificuldades em casa
Davis diz que seu problema com o peso começou depois que seu pai morreu, quando ela tinha cinco anos de idade. A partir daí, a comida passou a ser sua fonte de conforto.
'Eu comia de tudo, qualquer tipo de comida', disse ela em entrevista à BBC.
Pão, leite, coca-cola, batatas fritas, biscoitos de chocolate e bolos eram seus favoritos.
'A comida fazia eu me sentir melhor por um minuto ou dois, mas aí me sentia mal novamente e comia novamente e assim por diante', disse Davis.
'Eu comia praticamente o dia todo.'
Durante o período que passou na Wellspring Academies com uma bolsa oferecida pela instituição - um internato que oferece educação escolar, além de um programa de dieta e exercícios complementado com sessões de terapia cognitiva comportamental - seu consumo de calorias teria caído de 13 mil por dia para cerca 1,2 mil.
'Eu fui tirada do ambiente em que eu vivia, onde tinha todos esses problemas, e fui colocada em um lugar novo (a Wellspring Academies), onde não tinha que lidar com nada daquilo. Tudo era feito para mim, eu só precisava pegar aquilo e usar para meu benefício', disse Davis à BBC.
'Mas aí fui tirada dos Estados Unidos e colocada de volta naquele ambiente onde tinha todos aqueles problemas e aquelas lembranças. Isso sem nenhum treinamento sobre como lidar com isso em casa. Acho que essa foi a principal razão de eu ter voltado para o jeito que eu era antes.'
Quando começou a engordar de novo, Davis ficou deprimida, o que segundo ela a fazia comer ainda mais.
Agora, pesando 254 quilos, Davis conseguiu o apoio de uma equipe de nutricionistas e especialistas em exercício no País de Gales, além de estar usando técnicas de hipnoterapia e relaxamento para tentar voltar a emagrecer.
TRABALHO DE ATUALIDADES.
Isso é um caso muito serio, a obesidade é uma doença muito seria e pode levar até a morte.
ResponderExcluirComida também é um vicio e se você não se controlar você pode acabar viciando e não conseguir mais parar de comer.
O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação alimentar, o aumento da atividade física e, eventualmente, o uso de algumas medicações auxiliares. Dependendo da situação de cada paciente, pode estar indicado o tratamento comportamental envolvendo o psiquiatra. Nos casos de obesidade secundária a outras doenças, o tratamento deve inicialmente ser dirigido para a causa do distúrbio.
Mas a melhor maneira mesmo é ter uma dieta saudável já na infância.