O Trabalho infantil no Carnaval.
Qualquer cidadão que brinca carnaval nas ruas de Olinda e do Recife já viu crianças trabalhando. Seja vendendo cerveja ou espetinho, a pivetada está lá, trabalhando. Lógico, a pivetada pobre.
Curioso é que muita gente não acha que isso seja “exploração do trabalho infantil”, e não se importa em comprar dele suas mercadorias, muitas vezes ainda achando que assim está ajudando a pobre criança…
Numa comparação talvez imprópria, é como comprar madeira ilegal sem se preocupar com a origem das árvores.
Mas, é bem pior que isso, claro. É fechar os olhos para um problema grave, cuja única solução, a curto prazo, parece ser a adoção de medidas “radicais”, como trancafiar os adolescentes em gradis.
Para este carnaval, o Ministério Público do Trabalho em Pernambuco (MPT), o Ministério Público Estadual (MPPE) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) estão convocando os responsáveis das prefeituras de Recife e Olinda para o combate ao trabalho infantil durante as festividades.
A medida é louvável, e deve ser tomada. Embora (mesmo surtindo algum efeito positivo) me pareça uma ação pontual, quando, em verdade, seria preciso ir além dos dias de Momo.
Cotidianamente, vemos em sinais de trânsito, barracas ou mesmo nas ruas do centro da cidade e das periferias, crianças trabalhando – além daqueles que catam latinhas em meio às multidões. O combate deveria ser intensivo, e necessita de muitas frentes por parte dos governos, dos órgãos fiscalizadores e também da população.
A Prefeitura do Recife, que desde o primeiro mandato de João Paulo tem planos de combate contra o trabalho infantil nas épocas de festejo, já apresentou seu plano de ação.
òtima reportagem. Gostei da associação do carnaval com o trabalho infantil. A última coisa que as pessoas pensariam é na questão social do carnaval.
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