Os atuais problemas brasileiros têm como causa duas grandes raízes. Se conseguirmos combater essas duas raízes, os demais problemas, inclusive os crônicos, serão resolvidos por si só, de forma automática e gradativa.
As duas raízes que precisamos combater, são:
1o - Excesso de liberdade de expressão na TV. (Libertinagens e desrespeito familiar).
2o - Falta de transparência na gestão pública e nos impostos em geral.
1o - Excesso de liberdades na TV (libertinagens) - Esta questão é muito importante porque, em qualquer sociedade, é o comportamento dos cidadãos que determina a qualidade de vida que a nação terá. É verdade que o ser humano também é fruto da sua herança genética. No entanto, o fator que mais influencia o comportamento dos seres humanos é a educação que recebe, seja dos pais, seja do ambiente em que vive, seja da escola, etc... A educação (formal e informal) tem o poder de induzir as pessoas a se tornarem honestas, ou desonestas - respeitadoras, ou desrespeitadoras - prudentes, ou imprudentes - trabalhadoras, ou preguiçosas - corretas, ou espertinhas - decentes, ou indecentes - fiéis, ou infiéis - etc... Portanto, a conduta humana (atualmente fortemente influenciada pelos veículos de comunicação) é a principal responsável pelos resultados sociais e econômicos de uma nação.
Infelizmente, a partir dos anos 80 e 90 a televisão se tornou o principal “formatador” do modelo de conduta praticado pelo cidadão brasileiro. A TV vem influenciando crianças, jovens, pais, professores e, indiretamente, até mesmo a herança genética das novas gerações.
Observe que na falta de um referencial ético e moral, pré-estabelecido pela sociedade para regulamentar a televisão brasileira, os artistas baseiam-se em si mesmos para influenciar a sociedade da forma como bem querem. Lamentavelmente, os assuntos que mais dão ibope, e que fazem “sucesso”, são os escândalos, os exageros, os exotismos, as fantasias perigosas, o “prazeismo” inconseqüente, etc... Logo, a influência que a TV faz atualmente sobre a sociedade não é a da melhor qualidade. Portanto, se queremos que o cidadão brasileiro absorva um padrão de conduta que torne a nação pacífica e próspera, temos que estabelecer um referencial de conduta (um código de ética e de bons costumes) e, em seguida, garantir que ele seja respeitado por artistas e por produtores de televisão no Brasil.
Precisamos de um referencial ético e moral que iniba o desrespeito, a obscenidade, a imoralidade, a irreverência, a mentira, a vigarice, a ganância, o ódio, e que dê plena ênfase às verdades sejam elas quais forem. Se não combatermos os distúrbios comportamentais, propagados e estimulados pela TV nos últimos anos, a sociedade brasileira jamais alcançará níveis de desenvolvimento humano que lhe permita obter os resultados de paz e prosperidade que tanto deseja.
Artigos Valvim
Raiz dos problemas
Capitalismo e ética..
Socialismo católico
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Educação Brasil I
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Crítica ao Marxismo
Esquerda e Direita
2o - Falta de transparência na gestão pública e nos impostos - A atual política de impostos embutidos (“invisíveis”), impede que o cidadão comum conheça o verdadeiro contribuinte do sistema tributário brasileiro. Esse desconhecimento mantém a sociedade muito passiva mesmo diante das inúmeras injustiças sociais vivenciadas ano após ano. O dia que o cidadão comum descobrir como funciona, de fato, o processo de recolhimento de impostos no Brasil, vai perceber então que o próprio sistema é o causador da maioria dos problemas brasileiros.
Observe que nos países do Primeiro Mundo a diferença salarial, entre simples operários e diretores de empresas, raramente ultrapassa o patamar de 7 vezes, isto é, os diretores não ganham 20 vezes mais que os operários. Mas, aqui, no Brasil, mesmo no setor público essa diferença chega a 50 ou 100 vezes.
Tamanha injustiça é tolerada pacificamente porque a maioria dos cidadãos não sabe de onde sai o dinheiro que sustenta a nação. Assim que o cidadão comum descobrir que é, ele, o verdadeiro contribuinte de todos os impostos, certamente vai arregaçar as mangas e ajudar a corrigir os inúmeros absurdos da nossa sociedade.
A maioria dos cidadãos ainda não percebeu que as empresas (indústrias, atacadistas, comércios etc.) não são os reais contribuintes dos imposto brasileiros. Na realidade, elas apenas repassam ao governo os valores previamente acrescentados aos preços de seus produtos, conforme o Governo sabe e aprova. Portanto, quem acaba pagando todos os impostos, de fato, é o consumidor final (o cidadão comum) que não tem para quem repassar os impostos embutidos no preço que pagou.
Se o governo der um pouco mais de transparência à questão dos tributos (desembutindo os impostos dos produtos, para que o cidadão comum possa vê-los), o povo perceberá a realidade em que vive e dará início às correções sócio-econômicas de que o Brasil tanto precisa.
É importante, no entanto, estarmos conscientes de que: discursar igualdade de resultados e igualdade entre diferentes pessoas, é uma grande utopia de viés meramente comunista. Mas, pleitear igualdade de oportunidade, deveres e direitos é uma realidade satisfatoriamente praticável e socialmente produtiva.
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