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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Menores são flagrados bebendo vodka com cocaina (coquinha)

Uma festa intitulada American Pie foi promovida em BH; adolescentes teriam sido flagrados consumindo bebidas alcoólicas
A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) de Belo Horizonte abriu 
inquérito para investigar a participação de uma mulher que seria a responsável pela realização de uma festa intitulada “American Pie”, promovida na última sexta-feira (22) na capital mineira, na qual adolescentes teriam sido flagrados consumindo bebidas alcoólicas.
Há ainda acusação feita pela Vara Cível da Infância e Juventude de Belo Horizonte dando conta de que alguns adolescentes teriam ensaiado praticar striptease no local, que tinha aproximadamente 300 participantes.
De acordo com a coordenadora substituta do comissariado, Denise Pires da Costa, da Vara Cível da Infância e Juventude de Belo Horizonte, 109 menores, a maioria com idades entre 13 e 15 anos, foram retirados da festa. Ao todo, 76 foram entregues aos pais no local, e 33, encaminhados à sede do órgão, onde aguardaram pelos responsáveis.
Uma mulher de 36 anos foi acusada de ter organizado a festa e cobrado entrada dos que frequentaram o local. De acordo com o delegado Felipe Falles, o inquérito, que deverá ficar pronto em até 15 dias, vai servir para interrogar adolescentes que participaram da festa, pais e a mulher, identificada como “Cristiane F”.
“Ela já foi identificada e intimada a depor e será a última a ser ouvida. Eu marquei o depoimento dela para a próxima semana”, disse o delegado. Segundo ele, o inquérito foi aberto com base em uma representação feita por pais de uma adolescente que participou do evento.
“Recebemos os pais de uma adolescente que confirmou ter pagado R$ 30 pelo ingresso e que houve a venda de bebida alcoólica”, afirmou o policial. Segudno ele, a suposta organizadora poderá responder pelos crimes de venda ou o fornecimento de produtos que causem a dependência física ou psíquica de menores e de submissão de crianças e adolescentes à prostituição e à exploração sexual.     
“Pelo fato de ter supostamente cobrado ingresso, ela estaria ganhando e explorando a liberdade sexual desses menores”, afirmou o delegado. As penas variam de 2 a 10 anos de reclusão, mais pagamento de multa.
O policial pediu à Vara da Infância e Juventude dois autos de infração que foram lavrados durante a abordagem dos comissários (falta de alvará de funcionamento para festas com adolescentes e venda de bebidas alcoólicas a menores) e o relatório produzido por eles. No caso dos autos feitos pela Vara da Infância, a pena é o pagamento de multa de 3 a 20 salário mínimos.

Pela internet

Conforme a comissária Denise Costa, os organizadores de festas desse tipo, que segundo ela estão cada vez mais comuns na capital mineira e na região metropolitana, utilizam-se de redes sociais na internet para divulgar os eventos.
A venda de ingressos é feita à véspera das festas e de forma bem rápida para não chamar a atenção, diminuindo a probabilidade de haver a interferência do órgão fiscalizador.
“O mecanismo utilizado por eles é a venda de ingressos na última hora. Eles passam as informações todas por meio de redes de relacionamento na internet. Não há uma propaganda oficial nem postos de vendas autorizados”, disse.
De acordo com ela, conforme a ocorrência, a venda de ingressos para a festa da última sexta-feira foi feita no próprio dia e na véspera (quinta-feira).
“Tem ainda todo um fetiche nesses casos que serve de chamariz. Os adolescentes quererem provar que são mais espertos do que os pais e do que o Poder Público”, afirmou a comissária.  

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