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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Médico revela que piloto brasileiro morto em prova não tinha autorização para competir

O piloto brasileiro Swian Zanoni, morto no último domingo durante uma prova em Minas Gerais, não tinha autorização para competir, uma vez que estava em estágio final de recuperação de uma fratura no antebraço direito sofrida no mês de julho durante a etapa da Letônia do Campeonato Mundial de motocross.

VEJA O MOMENTO DO GRAVE ACIDENTE

Segundo o médico que vinha acompanhando a evolução do jovem de 23 anos, ele só tinha permissão para fazer treinamentos leves com moto, e sua liberação definitiva ainda dependia de uma nova avaliação que seria feita justamente nesta semana. O atleta nasceu em Divino (MG) e se consultava em Indaiatuba (SP), mas sua base de treinos era em Nova Friburgo (RJ).

“O Swian estava liberado para treinos leves com motocicleta. Ele fez um treinamento aqui em Indaiatuba [em agosto] onde eu o acompanhei na pista, treinou praticamente sem saltos, sem buracos na pista, e essa era a única autorização que ele tinha para fazer com a moto, sem competição”, explicou Rodolpho Annichino, especialista em ortopedia e traumatologia, em entrevista ao UOL Esporte.

O médico e amigo revelou que a consulta agendada para esta semana definiria se ele poderia participar de uma competição oficial já nos próximos dias ou apenas no início de outubro.

“Ele seria reavaliado na terça ou quarta para tomarmos a decisão se poderia correr o Brasileiro na semana que vem [5ª etapa do Campeonato, em Aracaju, no dia 21 de setembro]. Mas a programação inicial era competir só no Arena Cross, no dia 8 de outubro [4ª etapa, em São Paulo]. Se ele tivesse uma recuperação muito boa, a gente iria avaliá-lo durante a semana para saber se teria condição de correr em Sergipe”, completou Annichino.

O especialista reiterou ainda que não foi informado por Swian sobre a participação na prova na cidade de Orizânia, durante um festival no último final de semana. Annichino afirmou que, se soubesse da competição, não autorizaria o piloto a disputá-la.

“Conversei com ele na sexta passa, por telefone, onde ele passou pra mim que estava bem, sem dores, treinando bem, mas não me relatou nada sobre a corrida do fim de semana. Foi uma surpresa pra mim saber que que ele tinha se acidentado numa competição”, comentou o médico. “[Se soubesse] eu com certeza não autorizaria”.




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