Atualizado em 13/09/2011 21h43
Em Roraima, a repórter Cristina Serra foi à reserva indígena Raposa Serra do Sol, que representa 7,5% de todo o estado, para ver como vivem os índios desde que o Supremo Tribunal Federal se decidiu pela demarcação da área contínua das terras. Essa decisão tornou obrigatória a saída dos fazendeiros e de todos que não eram índios.
Segundo Cristina Serra, uma coisa lhe chamou a atenção: a reserva indígena tem muitos problemas para resolver, um deles, muito grave, é o alcoolismo.
A reserva tem 17 mil quilômetros quadrados. É mais de 11 vezes o tamanho da cidade de São Paulo e faz fronteira com a Venezuela e Guiana. Vivem lá 20,8 mil índios, em pequenas comunidades.
A retirada dos não índios ainda provoca muita polêmica na Raposa Serra do Sol já que muitos deles trabalhavam nas fazendas, mas segundo um dos líderes indígenas, o tuxaua Reginaldo o alcoolismo é uma herança pesada da convivência com os mesmos.
“Hoje, o problema número um de todas as comunidades é a bebida alcoólica. A maior parte dos indígenas está dependente do álcool. Eles trocam animais ou o seu próprio alimento por bebida alcoólica”, conta o chefe indígena Reginaldo de Lima Bonifácio.
A Funai reconhece a gravidade do problema:
“Nós sempre fazemos campanha de orientação para que seja combatida a bebida alcoólica. Existe da parte das organizações, especialmente das mulheres indígenas, uma luta contra a bebida alcoólica. É proibido a venda e o consumo da mesma dentro das comunidades”, diz André Vasconcelos, coordenador da Funai (RR).
Para o antropólogo José Carlos Franco de Lima, o futuro passa pela busca de uma harmonia entre o modo de vida tradicional com os apelos da sociedade moderna.
FONTE: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/09/indigenas-da-reserva-raposa-serra-do-sol-tem-problemas-com-o-alcoolismo.html
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