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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Segundo o procurador, a apostila que um colégio de Fortaleza teria distribuído a alunos teria 13 questões idênticas ao que caiu nas provas do Enem: no 1º dia, prova amarela, nº 87, 46, 50, 74, 57, 34, 33, 32 e 2º dia, prova amarela, 113,180, 141, 173 e 154. O G1 teve acesso ao material de estudo e constatou pelo menos 11 questões idênticas.Ainda afirma o MEC: "Na manhã desta quarta-feira (26), o Ministério da Educação e o Inep, por volta de 7h, dado o grande movimento que circulou na rede social a partir dos estudantes de Fortaleza, acionou a Polícia Federal para investigar as origens da informações".

O Ministério Público do Ceará afirmou nesta quarta-feira (26) que vai encaminhar ao Ministério da Educação uma recomendação para a anulação do Enem em todo o país. Em nota, o procurador Oscar Costa Filho disse ter sido procurado por candidatos do exame e que constatou a existência de 13 questões idênticas, literalmente copiadas de um simulado elaborado na cidade de Fortaleza e encontradas nas provas do Enem.

O MEC afirmou ao G1 que não recebeu ainda a solicitação do MPF. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Ministério da Educação afirmou: "O Ministério da Educação e o Inep (autarquia do MEC que organizou o Enem) continuaram acompanhando o tráfico de informação na rede social mesmo após a aplicação das provas. As informações veiculadas com maior intensidade nesta terça-feira por estudantes de Fortaleza dando conta de que estudantes do Colégio Christus teriam recebido apostilas com questões semelhantes à do exame nos obrigou a revisar todas as medidas de segurança da aplicação da prova de Fortaleza. Não há nenhum registro de vazamento de problemas de logística, de que nenhum vazamento tenha saído da prova, a prova foi serena".

Estudantes de colégio podem ter de refazer o Enem
Segundo o Inep, 639 estudantes do Colégio Christus fizeram a prova do Enem. Em caso de comprovação de alguma irregularidade, estes candidatos poderão ter de fazer novamente as provas do Enem. O Inep vai aplicar o exame no final de novembro para pessoas privadas de liberdade, e seria possível estender esta prova a outros estudantes.

Em nota, o MPF do Ceará diz: "O problema se repete, apresentando mais uma vez, um caso de vazamento de provas. Sem necessidade de recorrer à Justiça, o MPF considera a importância da investigação pela Polícia Federal para apurar os responsáveis, mas entender que já há provas constituídas para determinar uma atitude do MEC quanto à irregularidade, que não é mais pontual, atinge todos os inscritos no país. "É necessário que se imponha, de uma vez, a constitucionalidade no Enem, que significa o direito de recorrer em caso dos candidatos se sentirem prejudicados", explica o procurador."

O MEC nega que tenha ocorrido vazamento das provas do Enem.

fonte: g1.globo.com

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