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terça-feira, 31 de maio de 2011

Atualidades: Nova classe média se torna alvo das marcas de luxo

A sacola de compras carrega objetos de consumo antes inacessíveis. O mercado dos produtos de luxo, no Brasil, dá boas vindas a uma nova classe de consumidores. São pessoas dispostas a pagar mais caro em suaves prestações. Para conquistar esse novo consumidor, marcas famosas estão desenvolvendo produtos diferenciados, que cabem no bolso de mais gente. Uma pesquisa comprova: essa nova classe média está adorando. E aderindo.

O designer Francisco Ventura, dono de loja de óculos, já percebeu que luxo hoje é ser acessível. “Ele consegue ter uma coisa similar que combine com a personalidade dele, com o rosto e com o bolso dele. A satisfação é mutua, porque eu me sinto satisfeito em trazer esse novo público como comerciante. E a satisfação do cliente em se olhar no espelho e falar: ‘Nossa, é o que eu queria’”, acredita.

Uma pesquisa mostra que os consumidores da classe C são responsáveis por 35% das vendas de óculos de luxo no país. E não é só: 56% das vendas de perfumes e cosméticos importados e 25% das bebidas de luxo são para a classe média. O espaço ocupado pelo mercado de luxo não é mais exclusivo da elite. As grandes marcas mundiais, que eram para poucos, agora trabalham para atender um público bem maior.

A pesquisa indica que no Brasil a democratização é a última novidade nas altas rodas do consumo. Nos restaurantes e nas lojas de roupas e perfumes importados, a classe média já é maioria, que cada vez mais viaja para o exterior, consome vinho importado, tem casa na praia e empregada doméstica.

“Há uma inclusão social muito forte no Brasil: a possibilidade de uma expansão geográfica para resultados e oportunidades e, evidentemente, o aparecimento de uma classe C aspiracional, relevante de ascensão brasileira, que vai garantir resultados em um médio e longo prazo”, analisa Carlos Ferreirinha, especialista em mercado de luxo.

Em 2010, o mercado de luxo cresceu 22% em relação a 2009. A previsão de crescimento em 2011 é de 18% em relação ao ano passado. O consumidor também gosta do que é bom, bonito, mas nem tão barato assim.


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